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A CRISE DA ÁGUA TEM SOLUÇÃO

Benedicto Ismael C. Dutra
01/11/2014



Água - está na hora de que todas as prefeituras e o governo do Estado, atuem efetivamente na preservação dos corregos e nascentes. Terão de fazer agora o que não fizeram durante um século, ou isso ou o agravamento da situação da água potável em São Paulo.

A cidade de São Paulo e dezenas de outros municípios paulistas vivem uma crise hídrica sem precedentes, que ameaça o abastecimento de água e pode levar ao colapso urbano e econômico. Porém, esta situação de crise pode significar uma oportunidade histórica para o Estado de São Paulo liderar um movimento nunca antes visto nesse país de transição para um manejo sustentável e responsável da água.

Não podemos culpar apenas a seca atípica do último verão pelo esvaziamento dos reservatórios. Existem pelo menos quatro outros fatores que levaram a essa situação dramática como a demanda crescente, a dependência de poucos reservatórios, o desperdício, desmatamento dos mananciais e matas ciliares, a falta de comunicação e conscientização da sociedade.

Como vencer a crise? Um conjunto de propostas, inspiradas em soluções que já mostraram resultados concretos em diferentes cidades do mundo, está sendo elaborado participativamente por cidadãos que desejam levar adiante o debate público e colaborar na busca de soluções ambientalmente corretas, socialmente justas e economicamente viáveis. Algumas soluções são:

  • Preservação integral de nascentes nas áreas rurais e progressivamente nas áreas urbanas;
  • Estímulo à captação e aproveitamento local de água de chuva;
  • Melhorias e descentralização no tratamento do esgoto para reuso não potável;
  • Campanhas intensivas para promover a mudança de atitude do cidadão em relação ao uso da água.

Acompanhamos com preocupação propostas centradas no desvio de cursos de água, na construção de novas barragens, na superexploração dos reservatórios já existentes e das águas subterrâneas. Grandes obras drenam investimentos gigantescos, são demoradas, afetam a oferta de água em outras regiões, prejudicam ecossistemas e desalojam comunidades. Além disso, não resolverão a escassez, pois mantém inalterados o desperdício, a demanda exacerbada, a contaminação, a devastação das nascentes e a ameaça de desertificação. É preciso que São Paulo reduza imediatamente o consumo de água, enquanto passa a gerir melhor seus recursos hídricos internos, aqueles disponíveis dentro da cidade, principalmente para atender aos usos não-potáveis.

 

Fonte: change.org




Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012...e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” ,“A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7
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