O místico Srinivasa Ramanujan (Dev Patel) nasceu em 1887, em Madras, na Índia e foi fazer cálculos matemáticos em Cambridge, Inglaterra, ao lado do racionalista professor Hardy (Jeremy Irons), mostrando o confronto entre a intuição e a racionalidade. O filme “O homem que viu o infinito” não explica com clareza para que serve a matemática, nem como funciona a intuição, um dom natural concedido a todos os seres humanos. A matemática é fascinante pelo desenvolvimento dos cálculos e conclusões a que eles induzem, muitas vezes fortalecendo o conceito racionalista da arrogância de só acreditar no que se pode comprovar, indo ao encontro do ateísmo.
No entanto, a matemática e a geometria estão presentes em toda a natureza. A ciência dos números não consegue escapar da indicação do infinito, além das capacidades cognoscitivas do cérebro, mas o racionalista não quer entender isso, de que existe muito mais além da capacidade cerebral restrita ao tempo e espaço. Ramanujan tinha de sofrer o preconceito por ser indiano e por ter a capacidade de visualizar fórmulas e equações com a intuição, pois as leis naturais da Criação funcionam uniformemente em todo o universo, como a grande regularidade que se sintetizam nas fórmulas.
Também aparece em cena o filósofo Bertrand Russel, que perdeu a cátedra por suas ideias pacifistas. Até que seria uma boa ideia um filme sobre ele. Naquela época, a Inglaterra era um celeiro de mentes brilhantes que, com seus conhecimentos poderiam ter dado um curso benéfico para a trajetória da humanidade. Tanto Hardy como Bertrand, apesar de toda a lógica, não lograram chegar ao reconhecimento de Deus que exige humildade espiritual e a participação de todas as capacitações com que os seres humanos foram dotados.
Para o espírito observador, que tem o eu interior desperto e faz reflexões intuitivas, a perfeição do Criador se revela na natureza, e a regularidade do comportamento das séries numéricas mostram isso. Apesar de intuitivo, o jovem descuidou da saúde, o que significa uma falha gravíssima, pois cada ser humano tem o dever de cuidar das necessidades do corpo atentamente, para permanecer forte e sadio para alcançar o autoaprimoramento e viver de forma construtiva e beneficiadora.