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Em busca de si mesmo

Maro Schweder
06/03/2018



Quem somos nós? O que estamos fazendo neste planeta?

 Vivemos num mundo coletivista e sem autoconhecimento. Poucas são as pessoas que se voltam para o seu íntimo, perguntando-se “quem são” e o que fazem de suas vidas. A grande massa caminha cega e muda diante das questões essenciais da existência, acreditando ser “perda de tempo” ocupar-se com questionamentos que não estão ligados diretamente à sua atividade profissional e às futilidades do dia a dia. Que isso gere terríveis prejuízos espirituais não é difícil perceber. O caos que toma conta do planeta salta a olhos vistos, só não sendo notado porque a humanidade dorme, em sua imensa maioria.

Estamos em meio a extremos, no que se refere a esse sono global. De um lado as religiões, com seus dogmas manipuladores e alienadores; e do outro lado as ideologias globalistas e esquerdistas, destruindo a moral e os bons costumes, para que as pessoas sejam degradadas e dominadas. Mas por trás disso tudo encontram-se as trevas, é claro, que foram configuradas na matéria grosseira mediana e fina ao longo dos milênios, comprimindo a humanidade num amplexo tão grande nos dias atuais, que os sentimentos intuitivos se movem com dificuldade dentro das pessoas. É preciso muita fé e força de vontade para impor-se a essa perversão trevosa que vem se impondo. Mas é preciso ressaltar que a responsabilidade é individual, de cada um. Cabe ao ser humano ser forte e despertar espiritualmente, conectando-se intuitivamente a esferas que encontram-se acima desse “anel trevoso”, onde as irradiações são puras e renovadoras.

Para desligar-se das trevas e cultivar boas irradiações, o ser humano precisa identificar o seu núcleo interno (o espírito), e deixar-se orientar por ele. Assim a lei da Gravidade Espiritual – como explicou Abdruschin em sua obra “Na Luz da Verdade” – haverá de erguê-lo acima do anel trevoso, mantendo-o nutrido com “energias” mais puras e elevadas. Depende do indivíduo promover um sério trabalho interior para que possa romper as amarras magnéticas que o prendem ao mundo materialista, impedindo seu espírito de fluir naturalmente.

Uma vez que o espírito desperta, nada mais quer do que comungar com a matéria fina e a esfera espiritual (sua pátria). Passa a ocupar-se num refinamento cada vez maior de sua sensibilidade, para que intuitivamente possa participar dessa ceia espiritual sempre posta, mas negligenciada pela humanidade, porque vive num terrível obscurantismo existencial, promovido pela mente materialista que impede o verdadeiro eu de manifestar-se dentro das pessoas.

O livro “Em busca de si mesmo” procura falar sobre o que o ser humano precisa fazer para se libertar das ilusões do mundo, conhecendo-se melhor e permitindo uma conexão com as irradiações espirituais que estão à disposição da humanidade. 

“Em busca de si mesmo” não é um livro que estimula o egoísmo, como o título parece sugerir, a um olhar superficial; mas incentiva a procura honesta e sincera pelo verdadeiro eu, que é o único que pode reconhecer a existência de Deus.

Se a humanidade se encontra tão longe do Criador hoje, é porque as pessoas não atentam para o verdadeiro eu (o núcleo interno), mas para as periferias do ser, em sua maior parte. Nessa casca externa não pode ser encontrado nada de substancial, senão os desejos que se desfazem em pó assim que são usufruídos, restando ao indivíduo a sensação de que algo lhe falta: o vazio!

Mas o que lhe falta? A conexão consigo mesmo, primeiramente. Somente onde o verdadeiro eu está desperto, que o homem também se torna um filho de Deus, legitimamente.

Onde o espírito está acordado e vigilante, o ser humano aprende a fazer um uso correto de tudo, encontrando a felicidade através do equilíbrio que conduz à excelência.

Por maior que tenha sido o progresso material da humanidade, ao longo das últimas décadas, percebe-se um sentimento de falta dentro das pessoas. Desconfiam, mesmo que inconscientemente, que algo se perdeu, e que o que seguram em suas mãos não é o suficiente para que a vida possa ter um sentido. O principal ainda está ausente: a sensação de que as coisas valem a pena...

Onde esse sentimento de falta se manifesta, e se vive por viver – numa correria inútil atrás de modismos, do consumismo e do fanatismo religioso – surge a sensação de impotência que rouba forças e estímulos. Atirado nessa zona de medo e insegurança o homem pós-moderno procura se agarrar em alguma coisa, que lhe passe um pouco de “confiança”. Mas como viver confiantemente se dentro de si existe um tremendo vazio? A plena noção de que não se conhece, que não sabe de onde veio e para onde vai? Essa é a situação da maior parte da humanidade hoje. 

Sem espiritualidade e autoconhecimento nada pode ser resolvido. Os problemas tenderão a aumentar cada vez mais sobre a terra, até que o desmoronamento pleno se apresente – que não está distante!

Estamos diante de um grande “Juízo”. O “Juízo Final”, como referendam as profecias. Mais do que nunca, agora, cabe ao ser humano ater-se ao essencial, desprendendo-se das futilidades que apenas roubam tempo e energias.

Se o ser humano não despertar urgentemente dentro de si mesmo, tomando suas faculdades espirituais como “instrumentos” para a ascensão, haverá de submergir na era de caos que deitará a humanidade por terra. A decisão de cada um é fundamental, para que se posicione de um lado ou de outro. “Até nisso” o livre-arbítrio concedido por Deus é essencial. Que cada um saiba o que está fazendo... 

“Em busca de si mesmo” é um livro de espiritualidade e autoconhecimento, fundamentado nos ensinamentos de Abdruschin. Procura ajudar a divulgar essa maravilhosa Obra, que trata de assuntos necessários e essenciais para o desenvolvimento espiritual dos seres humanos.



Maro Schweder é professor de História e proprietário do canal Maro Filósofo, no youtube, e se dedica a escrever livros que mesclam conteúdos filosóficos e espiritualistas. É autor de três livros publicados pela Giostri Editora de São Paulo, e de mais de 10 livros em formato digital, que estão a venda no site da Amazon. São livros que tratam de questões essenciais da existência humana, como o sentido da vida, os valores, a ética, o amor, o respeito, a liberdade, etc.
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