Pode parecer estranho fazer ou dizer algo diferente. Mas sem essa inquietação não existe liberdade. No momento em que você dá o exemplo, quebra-se o encanto exercido pelo status quo, e os outros o imitarão. Evite proferir as frases que todo mundo usa. Reflita sobre sua maneira de falar, mesmo que apenas para transmitir aquilo que você acha que todos estão dizendo, ainda que para tanto se faça um esforço para afastar-se da internet e da televisão; afinal de contas, em nossa época, os políticos levam seus chavões para a televisão, onde até aqueles que desejam discordar os repetem. E quando repetimos as mesmas palavras e frases que aparecem nos meios de comunicação diários, aceitamos a ausência de um quadro referencial maior. Dispor desse quadro referencial exige mais conceitos, e ter mais conceitos exige leitura.
Afaste-se das telas de sua vida e cerque-se de livros, lembrando que há mais de meio século os romances clássicos sobre o totalitarismo advertiram quanto à dominação das telas, à supressão dos livros, ao estreitamento do vocabulário e às dificuldades subsequentes de pensar, citando especialmente as obras de Ray Bradbury (Fahrenheit 451), publicada em 1953, e de George Orwell (1984), de 1949.
“Leia livros"!, brada Timohy Snyder, autor do livro Sobre a Tirania:
* Na Luz da Verdade, obra esclarecedora do Universo.