Estamos com cerca de 8 milhões de desempregados no Brasil. No entanto, em levantamento feito pela Fundação Dom Cabral, com as 76 maiores companhias do País, verificou-se que 67% das empresas pesquisadas têm enfrentado dificuldade na contratação de funcionários. Agora os profissionais têm de ler manuais mais complexos do que em tempos passados, mas nem sempre estão devidamente capacitados.
Não se trata apenas de falha das escolas, mas de falta de preparo das novas gerações para a vida e, lamentavelmente, isso está ocorrendo em todas as classes sociais. Lya Luft no artigo O sexo triste dos jovens, publicado na Revista Veja de 26 de maio, fala que o número de meninas grávidas de 12 a 14 anos está crescendo. O impensável ocorre em festinhas nas quais se servem bebidas alcoólicas. Beijos na boca em profusão e até a prática de sexo oral com vários parceiros, tudo na farra, sem consciência dos riscos de contrair doenças. Sem amor, sem valores, sem pudor diante de uma sociedade imbecilizada pela ordem geral de ser moderno.
Com certeza esse falso conceito de modernidade está contribuindo para a falta de preparo das novas gerações que deveriam estar aproveitando essa fase tão importante da vida, adquirindo conhecimento, experiência sabedoria, tornando-se assim pessoas de valor e profissionais de boa qualidade.
Por outro lado, o jornalista Datena indagou no programa Brasil Urgente por que acontece tanta violência, mesmo com a Polícia cumprindo seu papel nas ruas. Assistindo tantas reportagens policiais, ataques terroristas e filmes sobre violência e sexualidade embrutecida, as pessoas se perguntam: para aonde toda essa turbulência vai nos levar? Qual o futuro da espécie humana?
Em entrevista para o programa Milênio da Globo News, Ban Ki-Moon, Secretario Geral da ONU falou da necessidade de educar as novas gerações para que as tensões entre diferentes países e culturas, decorrentes dos mal entendidos, das crenças erradas, do medo e de comunicações falhas, possam ser contidas e eliminadas. Precisamos não só educar as novas gerações, mas também dar-lhes oportunidade de trabalho decente e melhorar a comunicação para alcançarmos maior entendimento e respeito entre os povos.
O lema da Fundação de Rotarianos de SP diz que a Educação é o principal instrumento para a construção de uma sociedade mais humana e pacífica. Na semana passada estive na 81ª Conferência do Rotary Club Distrito 4610, coordenada pelo casal de governadores Loreta e Reinaldo Domingos, onde tive a oportunidade de focalizar alguns aspectos sobre a importância da leitura e da educação como meio de superação:
Devemos oferecer às novas gerações o adequado preparo, mostrando-lhes a necessidade da boa capacitação para a Leitura e da Educação. Sem uma capacitação adequada para ler as crianças jamais poderão sair dos estágios mais elementares. Capacitadas a ler bem as pessoas vão começar a raciocinar com mais clareza e estarão mais aptas a definir as suas metas e a aprender sempre.
Além de melhorar o atendimento das necessidades materiais, as novas gerações precisam querer ardentemente alcançar a evolução integral e a felicidade, como seres humanos de valor. Temos de fortalecer o anseio e a busca do saber real. É essencial uma educação ampla, livre de dogmas e fanatismos, para o desenvolvimento de seres humanos de elevada qualidade, aptos a construir um mundo de beleza, paz e alegria.