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A Trajetória da Humanidade

Benedicto Ismael C. Dutra
27/08/2020



O momento é delicado, as pessoas estavam acostumadas a ir e vir livremente, mas de repente ficamos tolhidos, isso mexe com a cabeça. A travessia para o século 21 iniciou-se sobre grande comoção. Seria o fim de um ciclo?

Perguntava-se o que nos trará o novo século? As pessoas se perguntavam: será que o mundo vai acabar? Naquele momento já se fazia presente a inquietação decorrente das aceleradas mudanças que, rompendo a comodidade de rotinas que perduravam há muito tempo, retiram as pessoas de sua zona de conforto. O processo vai avançando. Essas mudanças estão ocorrendo a nível governamental, profissional e familiar, aumentando a inquietação.

Dizem os entendidos que a humanidade estaria sendo direcionada para o totalitarismo mundial, afastando-se de vez da verdade e da luz. O Anticristo, agindo às ocultas, visa a destruição da humanidade, e para isso se serve de inúmeros servos voluntários que pela vaidade se deixam atrair por seus engodos, contribuindo para o declínio da humanidade. O objetivo oculto é arrastar a maior parte dos espíritos humanos para a destruição, impedindo que retornem de forma consciente para a origem, a pátria do espírito.

Afastada da Luz do Amor, a humanidade tende a se autodestruir, pois tem permanecido afastada das Leis da Criação, tendo hostilizado Jesus Cristo, o Portador da Luz, pondo de lado os ensinamentos originais ofertados por Ele aos seres humanos para que seu espírito não viesse a ser riscado do livro da vida.

As pessoas estão ficando desorientadas com a velocidade com que se modificam os cenários onde até então atuavam tranquilamente. Então isso provoca um retraimento, porque perdem o controle da situação a que estavam acostumados, percebendo a sua impotência para restabelecer o padrão habitual e repetido ao longo dos anos, aumentando a sua revolta e pessimismo, baixando a autoestima, fixando-se rigidamente nas coisas que não deram certo, e ampliando o mal do século: a depressão.

O grande problema humano está no desaparecimento do uso da intuição que sempre se manifesta através de decisões de muito bom senso. Ademais, a intuição sempre capta certa leveza superior que dá sustentação e flexibilidade. No entanto, os seres humanos se apegaram cada vez mais ao seu intelecto restrito, com sua rigidez e consequente aspereza, oferecendo soluções que não se sustentam por muito tempo, o que exige constantes mudanças, apertando o controle sobre os demais, mecanizando as atitudes, reduzindo a participação dos indivíduos.

Vivendo de forma mecânica, sem ter a sensação de estar participando, os indivíduos vão perdendo o interesse por tudo o que fazem, caminhando para a depressão face ao continuado aborrecimento e frustrações em que vivem. O desinteresse acarreta falhas humanas seja num escritório, numa fábrica, num restaurante ou em qualquer outra situação de trabalho, provocando os mais imprevistos acidentes.

É muito importante perceber que nossas atividades recebam reconhecimento e aprovação. É muito importante nos sentirmos queridos e amados. O desprezo e a rejeição geram uma sensação de inutilidade e fracasso que deprime as pessoas. No século 21, a vida ficou reduzida a uma rotina massacrante e renhida luta pela sobrevivência; a busca do sentido da vida foi posta de lado. A população não está consciente da gravidade da situação e está sendo conduzida para o descontentamento, sem saber onde buscar esperança. O impulso para a busca de respostas perdeu a força. As pessoas não sabem mais se aquietar num cantinho, refletindo sobre a vida, acumulando forças e equilíbrio emocional.

Os graves e brutais acontecimentos à nossa volta provocam uma insensibilização de muitas pessoas. Se pararmos um pouco, quando assistimos aos noticiários da televisão e perguntarmos: para onde o mundo está indo, por certo ficaremos desanimados, pois se tantas coisas ruins estão acontecendo e se multiplicando, o que esperar do futuro? Diferente não é com telenovelas e filmes. As pessoas querem se distrair, passar momentos agradáveis, mas o que veem é a pura desagregação da sociedade humana, em ações de seres humanos embrutecidos, em ritmo cada vez mais acelerado.

Estamos atravessando uma época difícil em todos os sentidos. Com olhar atento, atuantes no corpo e no espírito, vamos vivenciando os acontecimentos, percebendo que acima de tudo paira uma justiça incorruptível, o que nos alegra e fortalece. Com generosidade e consideração, fica mais fácil enfrentar as atitudes egoísticas e a aspereza reinante, produzidas pelo raciocínio calculista e sem coração.

Se os seres humanos conhecessem a vida como ela é, tudo seria diferente, mais leve, melhor, mais pacífico e harmônico, não haveria todo esse sofrimento decorrente dos caminhos errados. Haveria melhor entendimento entre as pessoas porque o sentimento conciliador sempre estaria presente. Mantendo no íntimo o sincero desejar do bem para o próximo, inconscientemente cada um favorecerá o outro. E isso também é imprescindível nos relacionamentos entre homens e mulheres, para que eles se complementem de fato, e, fortalecidos, construam um mundo melhor. Estamos vivendo numa época muito difícil. Contudo, temos que buscar a alegria da simplicidade e da naturalidade das leis da Criação.

O mundo precisa de uma geração forte que pense com clareza, com bom senso, sem medo do esforço e do trabalho e que possa confiar no empenho dos governantes e das empresas na busca de um futuro melhor como propósito de vida. Na ausência disso, sobrevêm o desânimo e o desinteresse pela própria vida, o que fortalece potencialmente o consumo de drogas para preencher o vazio existencial.

Esperemos que os jovens percebam que há algo mais na vida para ser vivenciado além dos prazeres, dos consumismos, do dinheiro. O futuro pertence a eles. Estudos sobre a geração digital, nascida a partir dos anos 1990, apontam para o desânimo e falta de objetivos. As engrenagens do mundo estão emperrando. Falta o movimento certo, voltado para o bem, em equilíbrio entre o dar e o receber para uma vida sadia e alegre, indispensável ao saneamento e à harmonia, e para manter o ser humano vigoroso, construindo e beneficiando tudo.

O ano de 2020 assinala um especial momento de transição. A situação geral da vida vem tendendo para a perda absoluta do humano, o que acarretou toda a balburdia da vida. Problemas, morais, econômicos, sociais, de saúde, de escassez de água e alimentos. Tudo isso contribui para o atordoamento das pessoas que deveriam se fortalecer na busca das causas para descobrir que os humanos estão abandonando o espiritual há séculos, e agora se veem cercados pelos erros e pelas mentiras, pela inveja e cobiças. Na escuridão, o indispensável é buscar a Luz da Verdade, a boia de salvação nesse agitado mar de acontecimentos impactantes que se sucedem velozmente.

Saiba mais sobre esse assunto no livro A Trajetória da Humanidade:
http://vidaeaprendizado.com.br/livros/A-Trajetoria-da-Humanidade-2018.pdf



Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012...e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” ,“A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7
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