Enquanto estamos preocupados em não perder o emocionante próximo capítulo da novela, assistir ao último filme no cinema, sair para comprar um sapato que combine com a bolsa, trocar o celular, não estamos percebendo que alguém determinou o que precisamos, ocupando assim nossos pensamentos e desejos
Enquanto a mídia dá ênfase aos problemas cotidianos, mantendo todos em estado de medo, o que mais queremos é ficar quietos em um canto, protegidos disso tudo. Dessa forma nos cercamos, muramos nossas casas, nos fechamos para o mundo, nos aprisionamos em nossas próprias grades, deixando os bandidos ocuparem as ruas.
Enquanto estamos preocupados com a possibilidade de sermos abordados ao chegar em casa, empenhados em dar atenção aos detalhes para aumento de nossa segurança, não atentamos para o fato de que vários ladrões já invadiram nossa casa, nosso bairro, nosso município, nosso país.
Enquanto achamos que a solução dos problemas não é de nossa competência, delegando a outros o poder de decisão, nos omitindo de forma grave, não atentamos para o fato de que nossa capacidade de reagir foi atacada com maestria.
Ironia, mas parece desejável não solucionar problemas como bandidos entrando em nossas casas, traficantes, jovens delinquentes. Nem é preciso citar mais, a mídia já faz isso diariamente, tirando nosso sossego. Dessa forma, tão preocupados ficamos que não vemos os maiores ataques.
O que aconteceu conosco? Onde ficou nosso orgulho? É vergonhoso deixar que tudo continue assim! Jogamos nossa coragem no lixo, e nos entregamos ao comodismo!
As pessoas que sequer participam das atividades do bairro, do embelezamento do local que habitam, não se interessando pela vida real que as cerca, criticando sem estar presentes, em que mundo estão “vivendo”?
Precisamos reagir e assumir nossa responsabilidade. Urge tomarmos atitudes!
Precisamos participar mais, nos informar dos movimentos, formar uma rede de cidadãos que vai construir um novo futuro. Participar em pequena escala pode ter uma força inimaginada, pois o pequeno reflete o grande. Ao aprendermos a participar em pequena escala, estamos ampliando nossos horizontes.
Assim, ao atuarmos no bairro, poderemos ter uma atuação no âmbito do município, que vai refletir também no país.
TEMOS DE CUIDAR DA “NOSSA CASA” MAIS AMPLA!