Quanta exuberância! Rios, mares, florestas, montanhas e planícies nos presenteiam com uma profusão de cores, sons, perfumes e belezas naturais.
É nesses momentos que devemos nos conscientizar que a nossa presença nesse cenário abençoado equivale a uma joia, cujo propósito é o de beneficiar e embelezar ainda mais o ambiente. Na Terra as condições são ideais para o nascimento e conservação dos seres vivos. Água em estado líquido e temperaturas adequadas estão presentes e são elementos indispensáveis.
No entanto, observamos que no lugar da beleza e da felicidade que toda essa exuberância do nosso ambiente nos proporciona, estamos aumentando a extensão dos desertos, acabando com a água potável, e exterminando espécies animais e vegetais. Em paralelo, os seres humanos estão se matando em guerras e confrontos.
Evidente que o que possibilita a vida no planeta é o conjunto de elementos tais como o solo, a água, a fantástica mistura de gases que formam a atmosfera, tudo isso sob a ação da generosa luz solar. E todo esse conjunto deveria nos despertar um senso de humildade e gratidão. Porém, ocorre o contrário, pois nos julgamos donos do planeta, agimos com arrogância e prepotência e não nos preocupamos em compreender os mecanismos naturais para preservar a vida em todas as suas manifestações.
De acordo com estudos e pesquisas, a floresta amazônica lança na atmosfera 200 metros cúbicos de umidade por segundo que purificam o ar e se transformam em chuvas. A grandiosidade das engrenagens que asseguram a vida é inigualável. A humanidade necessitaria de mais de cem anos de toda energia produzida pela usina de Itaipu para realizar um feito equivalente. Mas, em sua ignorância, destruiu de forma irresponsável a cobertura florestal do planeta, contribuindo para o aquecimento global que se encontra em acelerada progressão e que traz incertezas para a sobrevivência das espécies nas próximas décadas.
Atualmente a superpopulação, em determinadas áreas, retira das cidades as reservas florestais e polui os rios de águas límpidas, gerando, em consequência, instabilidade social, política e econômica. Já nos anos 70 os ecologistas advertiam sobre a necessidade de preservar o verde que naquela época era mais abundante. Plantar árvores, aumentar as áreas de bosques e jardins, se torna indispensável para humanizar as cidades e melhorar a qualidade de vida.
Recebemos o Planeta não para agirmos como donos, mas para aproveitar a nossa estada adequadamente, preservando-o para as gerações futuras. Apesar de todo o conhecimento e capacidade empregados para o envio de uma sonda à Marte, ainda estamos muito longe da compreensão da Criação. E esse entendimento deveria ser para nós, a maior das prioridades, no sentido de possibilitar a construção de um mundo cada vez melhor e em consonância com as leis que lhe são inerentes. De nada adianta aplicarmos nosso conhecimento para viagens espaciais e para a conquista do Espaço, sem antes termos compreendido como manter as condições de vida em nosso próprio ambiente terreno.
O meio ambiente também tem sido continuamente agredido e sugado ao máximo, ficando sem a possibilidade da automática restauração. Evidentemente, a responsabilidade disso tudo cabe aos seres humanos individualmente e às organizações que eles constituem, sejam empresariais ou não. Não há mais objetivos de todos a serem alcançados, cada um olha só para os interesses pessoais, permitindo a exaustao da beleza e dos recursos naturais.