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MENTES CRIATIVAS: CANAIS PROPÍCIOS PARA INOVAÇÃO

Andre Bianchi
27/03/2012



Em geral as pessoas tem sempre muito mais a oferecer se energizados e inspirados por uma visão com liberdade e responsabilidade. Infelizmente muitas empresas ainda vivem na visão do passado do controle e gerenciamento minimalista, colocando seus melhores talentos em caixinhas limitados de todo o seu potencial.

Coisas curiosas acontecem ao fazer o balanço de anos e anos de consultoria. Não raramente ouvi a descrição que o consultor entra na empresa, ouve dos funcionários tudo que deveria ser feito, escreve em um relatório bonito, apresenta para o conselho, cobra a peso de ouro e assim garante que as idéias, agora valorizadas são implementadas.

Pois bem, ainda que não concorde a 100% com a colocação, me deparei sim com inúmeras situações em que a solução para os problemas da organização e para a inovação já estava presente nos colaboradores da empresa, mas sem a atenção devida, valorização ou canais de comunicação que permitissem que essa inovação aflorasse.

Como exemplo, nos anos 90, trabalhando com a empresa Marzotto, italiana líder em tecidos finos e recém compradora da Hugo Boss, lideramos um projeto de redução de perdas (descartes) na produção de tecidos. Criamos uma usina de geração de idéias com a participação de todos os operários das 3 fábricas principais da empresa. Foi uma surpresa que a série de “focus groups” realizadas em 2 semanas, geraram cerca de 100 idéias, que priorizadas pelo potencial e por necessidades de investimentos geraram duas ondas de implantação, que em um primeiro momento reduziram as perdas em 25% imediatamente e com o potencial de redução de 50% com a contribuição das idéias que necessitariam investimentos.

Boa notícia então para a Marzotto que teve seu investimento pago na consultoria retornado quase imediatamente. Má notícia porém, pois os efeitos colaterais por anos e anos de falta de atenção aos seus próprios talentos custaram na verdade muito mais caro.

O fato de não se criar um ambiente e canais propícios à inovação e à resolução de problemas faz com que os talentos da empresa ao longo do ano se acomodem ou pior procurem novos desafios em outras empresas. Não raro ouvimos frases, como “falei isso durante 5 anos, ninguém parece querer ouvir, desisti de trazer meu intelecto ao trabalho, pois querem que eu faça somente um trabalho manual.

E assim acaba sendo em todos os níveis. Em geral as pessoas tem sempre muito mais a oferecer se energizados e inspirados por uma visão com liberdade e responsabilidade. Infelizmente muitas empresas ainda vivem na visão do passado do controle e gerenciamento minimalista, colocando seus melhores talentos em caixinhas limitados de todo o seu potencial.

E o seu negócio, viabiliza a inovação vinda das bases ou prefere não resolver os problemas que nem sabe que existem?

Fonte: Endeavor Brasil



Andre Bianchi: http://endeavor.org.br/colaboradores/detalhe/andre-bianchi-andre/43
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