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SAÚDE DOS ÍNDIOS


16/10/2012



Estados de angústia têm a sua origem no pensamento negativo, num errado modo de pensar...

As tribos que viviam por aqui, nos dias da chegada de Cabral, estavam em parte ainda ligadas a mundos luminosos e aos seres da natureza. Não poucos, dentre os índios, possuíam conhecimentos sobre as forças curativas e outras virtudes dos vegetais, conhecimentos que hoje causariam assombro à ciência médica. Além disso, estavam ainda de posse do segredo da língua cantada, a qual, pela forma peculiar da estruturação do som, tinha o poder de influir no mundo astral e seus corpos.

Pela entoação monótona de determinados sons, certas pessoas das tribos tinham o dom de se por em contato com tribos distantes. Podiam assim transmitir e receber notícias de muito longe, fazendo dessa maneira, simultaneamente, o papel de estações receptoras e transmissoras. Essa música monotonamente cantada, que estava longe de ser uma melodia, tinha, no entanto, a força de repelir formas do mundo astral que tivessem provocado enfermidade num corpo físico. Sabiam que as moléstias não se curam somente por via de tratamentos externos.

A medicina precisa inteirar-se perfeitamente bem do estado psíquico dos pacientes. Sofrimentos morais, aborrecimentos ou preocupações pelos quais passamos afetam a nossa saúde. As manifestações, tão diversas de doenças nervosas, que hoje torturam a humanidade, assim como os estados de angústia, também generalizados, têm a sua origem no pensamento negativo, num errado modo de pensar. Todos se debatem hoje num mundo de formas, bem daquele que já soube encontrar para si uma atmosfera de formas favoráveis, benéficas.

Conquanto os índios só tivessem a capacidade de enxergar uma pequenina parte de tais formas perturbadoras, a que eles chamavam de demônios, sabiam, contudo, que são tais formas que produzem inquietações e desassossegos na vida humana, sendo necessário repelí-las, com toda a energia.

No entanto, as formas negativas que os índios daqueles tempos enxergavam eram insignificantes se as compararmos com as de hoje que, como fúrias, martirizam, por toda a parte, as pessoas.

Os índios, aqui existentes pela época do descobrimento, não conheciam a inveja nem a desconfiança.

(De um texto de Roselis von Sass)



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