Eleição é o processo pelo qual a população elege os seus governantes. Na França ou na Argentina, no Brasil ou nos Estados Unidos, a eleição é um embate entre os candidatos que lutam para serem eleitos. Esse processo é dispendioso e envolve muitos gastos publicitários, sendo o dos Estados Unidos o que envolve mais gastos. O circo eleitoral conta com muitas atrações. Mesmo com todo o esforço de mobilização dos eleitores, são crescentes os números de ausentes nas votações.
As campanhas se caracterizam por muitas discussões superficiais e poucas alusões aos problemas críticos que afligem a população. Os candidatos fazem muitas promessas, mas a vida política está travada por vários interesses e nem sempre os eleitos conseguem cumprir o que prometeram. Suas ações ficam comprometidas com os apoios recebidos e o maior interesse logo passa a se concentrar na próxima eleição.
Durante longos períodos a administração pública tem se caracterizado pela displicência com as finanças, geração de déficits e contratação de empréstimos que se perpetuam com os juros compostos. Diz o ditado popular que cada povo tem o governo que merece. Essa simples frase contém muita profundidade e a sua rigorosa interpretação é que a população recebe o que fez por merecer por meio de seus desejos mais íntimos, sua vontade e seus pensamentos.
Alienada do sentido da vida, subordinada a conceitos dogmáticos, manipulada pela propaganda, a população se afastou do ideal da continuada melhora das condições de vida, do aprimoramento da qualidade humana, do embelezamento do seu meio ambiente. No extremo dessa situação está a canção de Zé Ramalho: “vida de gado, povo marcado, povo feliz”. A humanidade abraça-se às ilusões que alimentam sua vaidade.
A violência urbana tende a crescer. Na educação continuamos deficientes sem oferecer o adequado preparo para a vida. Faltam estímulos e modelos construtivos. A programação da TV se concentra no negativismo, gerando desânimo e medo. Faltam talentos e disciplina. A natureza está descuidada. Os preços estão aumentando. Mesmo recebendo aumento de salário, as pessoas percebem que podem comprar menos coisas. Para que haja progresso e felicidade todos os povos deveriam se libertar dos falsos conceitos que solapam a paz e levam à ruína.
Quando se aspira seriamente pela melhora, livre de pendores menores que rebaixam o ser humano, constrói-se um futuro melhor. Pode ser que o povo americano, surpreendido pelas crises e pelas catástrofes, esteja percebendo que a felicidade não está no consumismo exacerbado como a motivação principal da vida, mas sim que a vida tem outras finalidades enobrecedoras, então pode ser que o dito do presidente Barack Obama: o melhor ainda está por vir, encontre eco nas Leis da Criação.
O ser humano não quer reconhecer muitas coisas como consequências inalteráveis dessas leis, que ele devia e tinha de saber e conhecer. Abdruschin nos dá o esclarecimento na Mensagem do Graal: “Esse é um saber que a humanidade ainda hoje não conhece e do qual, por isso, mui provavelmente ainda zomba, conforme faz com tudo quanto não pode compreender. Mas essa humanidade também desconhece as leis de Deus, que já desde os primórdios da Criação estão nela esculpidas firmemente, às quais ela mesma deve a sua própria existência, atuando em cada segundo sobre o ser humano, constituindo-se-lhe em auxiliares bem como em juízes de tudo o que faz e pensa, sem as quais ele não conseguiria sequer respirar! E tudo isso ele desconhece!”.
