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ECONOMIA BRASILEIRA – PERSPECTIVAS PARA 2013

Betty W. M. Torres
25/06/2013



O palestrante do dia, Roberto Vertamatti e o presidente Antonio W. Haddad

Em nossa última reunião almoço tive­mos como palestrante convidado o Sr. Roberto Vertamatti, Presidente da ANE­FAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilida­de. A seguir, teremos um resumo de sua in­teressante e competente palestra.

Inicialmente, o palestrante após cumpri­mentar a todos nos falou que conversando com o Presidente do RCSP Antonio Wadih Haddad, disse a ele que a gente nunca pode perder a esperança, mas a economia brasi­leira é parte de um contexto e no momento atual esse contexto é difícil. Continuando, disse aos presentes que até 2007, o ex Pre­sidente Lula teve uma sorte tremenda, com “céu de brigadeiro” e também porque man­teve na equipe pessoas com grande gabari­to, inclusive no Banco Central e em termos econômicos conseguiu caminhar bem.

Mas, em 2008 com a crise mundial, embora sem sofrermos grandes efeitos, temos tido ulti­mamente “pibinhos” de crescimento, pouco para o Brasil. Nos últimos 20 anos, apesar do Plano Real, ainda continuamos subde­senvolvidos. Falou sobre o cenário mundial – EUA, China e Europa e do Brasil nesse contexto, pois muito nos beneficiamos com a exportação de commodities nos últimos 10 anos, principalmente para a China. Disse que o cenário mudou um pouco e hoje a partir da crise, existe uma maior aversão ao risco. Até 3 ou 4 anos atrás, nossa Bolsa de Valores estava “bombando” porque vinham muitos investimentos de fora.

Hoje a filo­sofia do Governo da Presidente Dilma de baixar as taxas de juros, nada incorreto dis­se, e em função de algumas medidas que o governo tem tomado, tem afugentado mui­tos investidores em se tratando de Bolsa de Valores. Continuando disse que a perspec­tiva de crescimento mundial mudou de 5, 5,5% para 3, 3,5% com a crise. A Europa em função do Euro é a que mais sofre, sendo seu crescimento negativo neste ano. A equa­ção Europa é difícil, mas temos esperança a partir de 2014. A seguir o palestrante falou da preocupação com um efeito novo excep­cional como o ocorrido nos EUA (atentado terrorista em Boston) e com a nova postura da autoridade monetária européia no caso de Chipre e possibilidades de atuação seme­lhantes com relação a Portugal, Espanha, Itália, caso surja uma crise.

Quanto a China, disse que com as eleições recentes (cada 10 anos), está se voltando mais internamente, com um crescimento de 7,7%, bem abaixo de sua média de 10%. Isso reflete-se muito na situação brasileira, grande exportador de commodities cujos preços internacionais es­tão em queda. Quanto ao PIB, falou do PIB Global, da China, dos EUA, da Europa e do Brasil, que no ano de 2012 fechou com 2 trilhões e 200 milhões, com uma renda per capta de 11 mil dólares, sendo considerado um país pequeno no contexto econômico, apesar de ser a 7ª. ou a 6ª. Economia global, empatando com a Inglaterra que tem uma renda per capta de 35 mil dólares. Disse que a economia nos EUA se estabilizou e que seu crescimento neste ano deve ser de 2, 2,3%. Disse que os EUA, sempre muito dependen­tes do petróleo, iniciaram a exploração do xisto betuminoso, muito mais barata e em 2020 deverão ser auto-suficientes em gás e óleo.

Com isso fica uma interrogação quanto à exploração de petróleo em países produto­res, já que os custos do barril devem baixar e no Brasil, da viabilidade do Pré Sal. Falando sobre o Brasil, disse que com base em nú­meros frios, o cenário é preocupante, mas que podemos melhorar. A estrutura do país é que precisa ser mudada. Temos grandes deficiências que precisam ser corrigidas, caso contrário não conseguiremos o crescimento que precisamos da ordem de 5% para quem sabe em 15 anos sermos um país com renda per capta de 30 mil dólares. Disse que hoje temos inflação alta e que as medidas toma­das pelo Governo não têm conseguido dar respostas às expectativas de melhora da Eco­nomia brasileira, com medidas imediatistas, sem visão de longo prazo. Hoje disse falta­rem regras claras para o investidor, como no caso das PPPs para as ferrovias, rodovias, portos e aeroportos, pois ninguém se habilita para tal. Disse faltarem nomes capazes, de peso, com projeção nos Ministérios.

Sobre a carga tributária, disse que é alta a cobrança de impostos e o seu retorno com eficiência é baixo, com trâmites burocráticos que afu­gentam investimentos. Também a corrup­ção é alta. Disse mais, que para resolvermos tudo isso, o mais importante é investirmos em Educação. Não querendo ser pessimista, disse o palestrante que falando dos nossos problemas, aprendendo com os erros, po­deremos de forma positiva nos desenvolver e chegar onde queremos. Também tirar da linha de pobreza extrema 40 milhões de brasileiros que lá estão – homens e mulheres, inicialmente com assistência e a seguir com Educação para que cresçam e construam e se sintam cidadãos desse nosso Brasil, fina­lizou sob aplausos. Em continuidade, res­pondeu a várias perguntas dos presentes que podem ser encontradas no áudio da palestra do site do Boletim Servir www.rotarysp.org.br (podcast).

Fonte: Boletim Servir



Betty W. M. Torres – Membro da comissão do Boletim Servir, 2º. Diretor de Protocolo
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