A apreciação de um filme se observa na hora que termina. Quando as pessoas demoram a se levantar e vão saindo bem devagar, é sinal de que o filme agradou. Esse é o caso de “quem quer ser um milionário”.
Produzido na Índia, o filme mostra as grandes incoerências da vida humana. Maldades, misérias, vidas vazias sem sentido, pessoas indolentes e acomodadas sem objetivos que vão embrutecendo sem a esperança de construir um melhor futuro. Nesse meio, Jamal, um jovem sofrido, que apesar do ambiente contaminado em que vivia, soube conservar o que a sua alma tinha de bom dando o grande exemplo de não desistir de seus sonhos, perseguindo-o tenazmente.
Em todos os recantos do Planeta os humanos estão perdendo a visão do Sagrado. O dinheiro é o grande motor das ações das criaturas indolentes, é o grande ídolo pelo qual se rouba, se mente e se mata.
O cenário é de doer. Casebres superpovoados, escassez de água, falta de higiene, pessoas empedernidas explorando os mais fracos. De outro lado, riqueza irresponsável, sem respeito ao meio ambiente, construindo prédios e mais prédios, explorando os vícios humanos. Jamal não teve oportunidade de ir à escola, mas extraiu os ensinamentos das vivências, em sua maioria duras e amargas, sem se deixar corromper, esperançoso de realizar os seus sonhos envolvidos pelo amor.