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DAR E RECEBER

Benedicto Ismael C. Dutra
31/03/2009



A vida se tornou muito áspera, pois as pessoas querem tudo para si. Tudo que recebem acumulam e não se satisfazem, sempre querem mais. Esqueceram que tudo na vida deve respeitar a lei do equilíbrio: é dando que se recebe. Muitos seres humanos permanecem indolentes e acomodados, apesar do muito que há por fazer para criar beleza à nossa volta e amenizar a aspereza resultante da falta de consideração e amor.
 
Assim, tudo está enrijecido, a desconfiança se acha incrustada em todas as atividades. Que progresso é esse que se estribou na produção de armamentos para fortalecer a economia?
 
Quando o mundo se debatia na miséria após a crise de 1929, os humanos fortaleceram a indústria bélica e se esqueceram da educação para a vida. Agora estamos novamente em crise e com a educação em nível mais baixo ainda.
 
As universidades produzem filósofos, teólogos, matemáticos e economistas, no entanto, nem os cientistas, nem os homens comuns conhecem a profundidade do significado da vida. Por isso ela se tornou muito complicada, com todas as atividades submetidas à burocracia, mas nem por isso menos áspera. Então, por todos os lados vemos força bruta colidindo com força bruta, sem amor, sem consideração. Seja nos Estados, nas organizações ou nas famílias, a agressividade fica na flor da pele, cada um se considera mais importante que o outro, o que é facilmente observável no comportamento brutal de muitos motoristas. É cada vez mais difícil encontrar a bondade que provêm do coração.
 
Ao invés de se tornarem as criaturas mais benfazejas do planeta como deveriam ser, os humanos se tornaram os grandes predadores da vida, espalhando lixo e miséria por onde colocam seu olhar cobiçoso.
 
É preciso dar para receber. Não se trata prioritariamente de coisas materiais. De que vale doar roupas e alimentos e por outro lado prosseguir explorando os mais fracos?
 
A mais forte dádiva é ter o querer puro, desejando ardentemente que todos alcancem crescimento pessoal e material com esforço próprio bem aplicado, para que possamos adentrar numa nova era com um foco construtivo e otimista em relação ao futuro, estabelecendo uma convivência com respeito e consideração a todas as criaturas.



Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012...e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” ,“A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7
Comentários:


Silvia (silviarft@hotmail.com) comentou em 08/04/2009 - 11:04:05

É exatamente como penso, e assim como eu,tantos outros, tenho certeza.É como se a aspereza, a brutalidade, a grosseria, exploração,a falta de consideração e de amor, estivessem totalmente abolidos do dicionario. E não é verdade.Tudo isso existe sim e é preciso ser colocado em pratica, urgentemente.

Edson da Cruz Maria (ed_maria@ig.com.br) comentou em 13/11/2012 - 07:11:47

Partindo do pressuposto que nos seres humanos fomos colocados neste Pós Criação como sementes que precisam deste Campo material para darmos frutos. Desejo sempre agir para crescer espiritualmente e contribuir para que este planeta venha à ser um reflexo do Paraíso.

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