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ANJOS E DEMÔNIOS

Benedicto Ismael C. Dutra
19/05/2009



O filme "Anjos e Demônios" trata de questões que nos preocupam há séculos: a existência de um Criador, e a possibilidade de se ter fé em um Universo regido por leis próprias, indiferente se nos esforçamos por entendê-las ou não.
 
O professor de simbologia Robert Langdon (Tom Hanks) e Victoria Vetra (Ayelet Zurer), filha de um cientista assassinado, envolvem-se numa trama que os conduzem aos meandros do Vaticano, onde uma conspiração está provocando o assassinato de cardeais às vésperas da eleição do novo Papa. Em ritmo de aventura, o filme expõe o conflito entre razão e fé, mostrando a existência da “guerra” entre ciência e religião, tendo de um lado, cientistas e de outro a elite dirigente da Igreja Católica. O cenário é Roma, e o palco, o Vaticano.
 
A ciência sendo vista pelos religiosos como uma ameaça à religião, na suposição de que quanto mais aprendemos sobre a natureza mais difícil é aceitar a existência de forças sobrenaturais. Os cientistas por sua vez, relutam em aceitar a idéia de um Criador Único, gerador das leis invisíveis que regem a criação em absoluta lógica, preferindo acreditar apenas naquilo que conseguem aprender com seu restrito cérebro constituído de matéria perecível.
 
Segundo o professor Langdon os defensores da ciência eram caçados impiedosamente, pois queriam combater a tirania da verdade defendida pela Igreja.
 
Não podemos afirmar simplesmente que o avanço da ciência deixou um vácuo espiritual, pois a existência do vazio é anterior, tendo sido toscamente preenchido por dogmas que não resistem ao funcionamento lógico das leis naturais do Criador. A ciência da natureza acabará levando a humanidade à ciência da religião.
 
No entanto, a ciência ainda não cumpriu o seu papel, permanecendo distante da reconciliação entre o científico e o espiritual. A espécie humana se mantém aquém do que era esperado dela. O mundo se tornou caótico, pois a humanidade vem percorrendo um caminho de destruição. Segundo o escritor Abdruschin, “a separação entre a humanidade e a ciência não precisava existir, porque a humanidade inteira tem pleno direito à ciência. Pois esta procura apenas tornar mais compreensível a dádiva de Deus, a Criação. A atividade propriamente de cada ramo da ciência se encontra na tentativa de perscrutar mais de perto as leis do Criador, a fim de que essas, pelo seu conhecimento mais apurado, possam ser utilizadas mais proveitosamente para o bem da humanidade”.



Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012...e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” ,“A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7
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