Uma biografia dramática e depressiva filmada por Mauro Lima, apresentando belas canções de Tim Maia. A história é rasteira, parecendo que vai seguindo sempre na direção da latrina, talvez nem devesse ser contada dessa forma depreciativa da pessoa do cantor. No entanto, mostra as consequências de uma vida sem seriedade, marcada pelo descontrole emocional e pela devassidão. Cigarro, bebida, maconha e outras drogas, como meio de preencher vidas vazias sem sentido.
Os anos 1960 mostraram a juventude brasileira dividida, uma parte, fã de Che Guevara, queria a revolução e o socialismo, enquanto a outra, induzida pelos meios de comunicação buscou os prazeres da vida devassa, sem comprometimentos mais nobres. Veio o golpe e o Brasil que despontava com um futuro promissor, hibernou em berço esplendido.
Seria o filme um paralelo com a história do Brasil, que não recebeu preparo para um voo mais ousado, nem impulso para decolar para sair da condição de colônia subdesenvolvida, para se tornar um país forte e independente, com oportunidades para a sua população se desenvolver de forma humana.