Um filme de magia que apresenta os quatro cavaleiros, que não são os do apocalipse, mas são mágicos: Daniel Atlas (Jesse Eisenberg), Merritt McKinney (Woody Harrelson), Jack Wilder (Dave Franco) e Lizzy Caplan (a mágica Lula), que seguem seu mestre Dylan Rhodes (Mark Ruffalo). Eles fazem uso do ilusionismo na missão simbólica de desvelar as mazelas do mundo financeiro.
Quando vamos ao cinema é para ver uma apresentação ágil que nos encante com suas ilusões, que tenha sentido e significado, que os intérpretes sejam convincentes e que não agridam a humanidade. Truque de Mestre 2 tem alguns desses ingredientes, mas não chega a agradar amplamente devido à aceleração com que as cenas foram montadas, com legendas longas em ritmo acelerado que o cérebro tem dificuldade para acompanhar, o que provoca desconforto e reduz o prazer que ver o filme deveria proporcionar. Muito barulho, muito impacto, cenas confusas que não dizem nada. Tem-se a sensação de que o filme poderia ter sido produzido com menos custos e mais empolgação da plateia.
No entanto, sob a forma de fantasia mágica, o filme traz o tema crucial do mundo financeiro: os hackers, o roubo de informações confidenciais, as manipulações do mercado e a ação dos especuladores nesta época de aceleração do cassino financeiro em que a economia global se transformou, girando em alta velocidade, gerando grandes incertezas quanto ao futuro com a concentração crescente de grandes montantes de capital financeiro em poucas mãos - os controladores do dinheiro que correspondem a 1% da população mais rica do mundo pouco preocupada com as questões humanitárias e ambientais. Em nossos dias, nada mais fica oculto, tudo que se escondia nas sombras se evidencia sob a força da luz. No filme, as mágicas dos cavaleiros conseguem encontrar soluções, mas na vida real, não sabemos qual será o desfecho final dos truques dos especuladores.