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Baixar os juros e elevar a humanidade

Benedicto Ismael C. Dutra
31/10/2016



 Na Inglaterra, reclama-se dos juros baixos, mas a economia não anda. No Brasil reclama-se dos juros absurdos, mas a economia também não anda. O que fazer? É preciso rever tudo e fazer a economia voltar à naturalidade, com produção, comércio, empregos, consumo. Mas com tantos problemas contraditórios, armados nas últimas décadas, não se sabe o que vem pela frente nas finanças.
 
Vamos ver se dá para entender: o Banco Central Europeu baixou os juros e comprou ativos, ou seja, papéis que estão hibernando no mercado e são trocados por dinheiro. O dinheiro, por sua vez, se ficar depositado em banco entra nos juros negativos, perde valor. O que se espera com isso? Que o dinheiro seja investido em produção? Mas isso está difícil? Para o capital não ficar parado e com perdas, os investidores usam o dinheiro em busca de oportunidades lucrativas, seja comprando títulos do Brasil ou ações, cujo mercado está inquieto. O que poderá resultar disso?
 
O cassino global da galinha dos ovos de ouro atraiu muita gente com a ideia de que as valorizações e os ganhos seriam infindáveis. O economista norte-americano Nouriel Roubini já advertiu que nova bolha está a se formar, a qual estaria sendo mantida artificialmente pela flexibilização monetária, enquanto isso a história econômica e monetária de nossos dias ainda é pouco conhecida.
 
No Brasil, o governo perdulário é restringido via juros altos e aumento de dívidas, mas isso também fragiliza o mercado interno, a população e o país. Como produzir se a demanda é baixa? Reduzir a carga horária é uma atitude adequada à situação. Todavia, faltam estudos econômicos que organizem as coisas para que a vida possa transcorrer de forma natural, sem as flutuações que incham a demanda para logo cair em depressão, deixando tudo deprimido e instável. Na natureza não adulterada pela mão do homem tudo funciona em equilíbrio; por que a economia não consegue seguir dessa forma? Lamentável cortar renda de quem já ganha pouco. Não há estímulos para quem desenvolve o trabalho com competência, visando a excelência.
 
A direção e propósitos de vida foram perdidos. Estudar para quê? Ensinar para quê? Reflexões que devem ser feitas por todos: autoridades, professores, pais, empresas. As crianças devem entender desde cedo que sem educação e bom preparo não conseguirão progredir na direção de seres humanos de valor; nisso a mídia também de colaborar incentivando o preparo das novas gerações para que surjam seres humanos de qualidade, espiritualmente fortes e responsáveis, benéficos a si mesmos e ao planeta. 
 
Há na caixa craniana uma oficina formada pelo cérebro e cerebelo, e toda uma rede destinada a captar o lampejo intuitivo gerado pelo eu interior e transformá-lo para compreensão do raciocínio e a correspondente ação. Essa explicação foi dada pelo autor alemão Abdruschin no livro Na Luz da Verdade. Sem visão mais elevada, as novas gerações estão resvalando para as sombras da vida vazia de propósitos e infelicidade. 
 
O clima continua emitindo sinais para a humanidade. No mês de outubro, em plena primavera, a temperatura nas avenidas da cidade de São Paulo chegou aos quarenta graus gerando condições inóspitas. O que é isso? Muita destruição de florestas. Muita poluição. Muito concreto. E, além disso, o poderoso Sol em sua exuberância, cumprindo as leis naturais da Criação.
 
Enquanto isso, nos Estados Unidos, está tudo exemplarmente organizado para a eleição presidencial. São discutidos temas de suma importância, mas o conteúdo dos debates dos candidatos ao governo do principal país do mundo deixa a desejar. Se lá está assim, imagine no Brasil e demais países. Estamos enfrentando condições adversas na vida econômica e social em todos os continentes, mas a preocupação principal dos líderes é, prioritariamente, com a conquista do poder, seja de que forma for. No Brasil, há toda uma balburdia que se move na direção do que poderá acontecer com o poder nas eleições em 2018. No momento atual, a eleição americana ganha importância e se reveste de um caráter extraordinário, pois é a esperança de futuro melhor para o planeta que está em jogo, da economia, da paz, das condições gerais de vida e da elevação da qualidade humana.
 



Benedicto Ismael Camargo Dutra é graduado pela Faculdade de Economia e Administração da USP, faz parte do Conselho de Administração do Hotel Transamerica Berrini e é associado ao Rotary Club de São Paulo. É articulista colaborador de jornais e realiza palestras sobre temas ligados à qualidade de vida. É também coordenador dos sites www.vidaeaprendizado.com.br e www.library.com.br, e autor dos livros: “Nola – o manuscrito que abalou o mundo”;“2012...e depois?”;“Desenvolvimento Humano”; “O Homem Sábio e os Jovens” ,“A trajetória do ser humano na Terra – em busca da verdade e da felicidade”; e “O segredo de Darwin - Uma aventura em busca da origem da vida”(Madras Editora). E-mail: bicdutra@library.com.br; Twitter: @bidutra7
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