Quanto mais aumenta a população, mais tem aumentado a desigualdade social com o aumento do número de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza. No Brasil essa tendência tem sido combatida com programas governamentais levados a efeito a partir do século 21, mas a distância ainda é muito grande, pois por séculos tem sido dada pouca ou nenhuma atenção.
A desigualdade não será superada enquanto não houver melhora na educação e preparo para a vida com compreensão do funcionamento na natureza e o devido respeito a ela. A falta de cuidado e respeito, as agressões, a destruição da floresta natural de forma arbitrária, a ocupação desordenada do solo, a destruição das espécies, a caça predatória, tudo leva à decadência ambiental e psicosocial.
Além de obter a melhora das condições materiais, as novas gerações precisam querer ardentemente alcançar a melhora geral, como seres humanos de valor que buscam a evolução integral, e não apenas ao atendimento das necessidades básicas, para que resgatem o eu interior e a sua individualidade.
O grande descaso dos humanos com o meio ambiente em varias regiões e situações, e a falta de preservação de reservas naturais sem intervenções humanas, provocam desequilíbrios que acabam se refletindo em tudo, desde a economia com impacto sobre as populações, e na redução da qualidade de vida, podendo gerar catástrofes imprevisíveis.
Em seu movimento orbital, a Terra faz um giro em torno do sol no exato período de 365 dias e algumas horas, fato que se repete anualmente sem o menor desvio, e no conjunto muitos astros acompanham o giro em suas órbitas de forma miraculosa, atraindo e sendo atraídos numa majestosa sinfonia cósmica. Esse simples fato deveria nos levar a refletir sobre a nossa atuação na vida, sobre as decisões que tomamos, suas motivações e consequências. Através da sintonização correta, todas as forças nos acompanham, nunca podendo estar contra nós, capacitando-nos aos grandes feitos para os quais fomos destinados desde sempre, vivendo com sabedoria.
A arte de viver está na simplicidade, na reflexão sobre o que estamos fazendo e por que?
Muitas pessoas perderam o sentimento de cooperação vendo no outro um concorrente que tem de ser barrado para que não a ultrapasse, e por isso estão incapacitadas de ajudar. Não querem dar de si, apenas receber e impedir que outros cresçam e cheguem na frente. Seu amor próprio as impede de se alegrar com o sucesso alheio, por isso se torna difícil a possibilidade de sucesso no trabalho em grupo, devido ao individualismo e competitividade, sempre há alguém boicotando e dificultando o crescimento dos indivíduos, fazendo uso do poder de veto e enfraquecendo o grupo que deixa de ser uma entidade forte, consciente de sua meta e capacitações.
Necessitamos reconhecer essa deficiência humana impedindo que ela interfira em nossas ações, examinando sempre a real motivação e se as mesmas poderão trazer consequências maléficas para nós e para os envolvidos. Vivemos em grupos, não somos criaturas isoladas, por isso há uma grande interdependência. Tudo que pensamos, falamos, e nossas decisões interferem no conjunto, produzindo consequências da mesma espécie. Quando agimos voltados para o bem, os efeitos benéficos alcançam esferas que escapam de nossa percepção beneficiando a muitos. Quando o grupo todo age dessa forma os participantes, se beneficiam mutuamente, e a desigualdade vai sendo superada naturalmente.