O filme
Maria Madalena, de Garth Davis, mostra um aspecto especial ao desmontar o conceito de Jesus como revolucionário. Mostra que Judas, sim, queria provocar um levante contra Herodes e contra Roma, o que não era a finalidade da vinda do Messias, que trazia Luz para afastar as trevas e alertava para a transitoriedade da vida destinada à evolução do espírito. Mas os seres humanos estavam apegados demais à vidinha material egocêntrica para despertar e buscar intensamente a compreensão do significado da existência, fato que ia ao encontro do Anticristo, o lutador contra a espiritualidade. Jesus foi severo com os vendilhões do templo que conspurcavam a Casa do Senhor com negócios e com a mentira de que, sacrificando animais, as pessoas poderiam viver como melhor lhes aprouvesse.
O restante do filme é eivado de aspectos confusos, longe da grandeza do evento universal. Após a morte na cruz, Jesus apareceu à Maria Madalena, espiritualmente, não em carne, pois o corpo material segue as leis da natureza estabelecidas pelo Criador de Todos os Mundos.
O “procurai e achareis” não surtiu o efeito esperado diante da crescente indolência espiritual. Jesus disse que voltaria para a sua origem, o Divinal. Mas quando anunciou a vinda do consolador da humanidade (o Filho do Homem), para apresentar a visão geral da Criação sem lacunas, sobre todos os tempos, desde o começo da humanidade até agora, interpretou-se indevidamente que ele voltaria. Para a exata compreensão desse fato, a obra Na Luz da Verdade, de Abdruschin, traz os esclarecimentos, desfazendo os equívocos desde a origem do ser humano, enquanto que grande parte das demais obras e filmes foca, preferencialmente, no terrível sofrimento infligido a um inocente. “Pai perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem”.