A frase acima é de Asha-Rose Migiro, vice secretária-geral da ONU, e está em seu artigo “Sede de Aprender”, publicado na Folha de São Paulo, em 9 de maio, debatendo um tema profundo e necessário. Migiro refere-se, no artigo, aos problemas do Haiti, mas podemos perceber que tudo que ela escreveu se aplica ao Brasil e a outros países atrasados como nós. As crianças querem aprender. Temos que dar-lhes oportunidades.
“A reconstrução começa pela escola”, afirma Migiro. Não só no Haiti, acrescento, mas em todas as regiões onde a violência urbana está aumentando, como atualmente em muitas cidades do Brasil.
A vice-secretária diz que a escola faz mais do que ensinar. “Dá às crianças a impressão de volta à normalidade no meio do caos. É um local de paz e refúgio. E, sobretudo, oferece esperança no futuro”, explica Migiro.
“No Haiti, a taxa de analfabetismo é uma das mais altas do hemisfério e a taxa de escolaridade é muito baixa. Dois em cada cinco adultos não sabem ler. Menos da metade das crianças iam às aulas antes do terremoto”. Pensando bem, o cenário que a vice-secretária descreve em seu artigo não é muito diferente de outras regiões pobres de inúmeros países.
A solução apresentada pela vice-secretária da ONU para os problemas do Haiti também pode ser aplicada para muitos outros locais do mundo: “o Haiti só poderá se desenvolver na medida em que o ajudemos a educar as suas crianças”.
As novas gerações estão ansiosas para dar um novo rumo à nossa trajetória. Devemos oferecer-lhes o adequado preparo mostrando-lhes a importância da leitura. A educação é a solução para um melhor futuro. É o principal instrumento para a construção de uma sociedade mais humana e pacífica e em permanente evolução.
Migiro conclui propondo uma grande solução: “Livros, professores e educação são a chave para uma vida e um futuro melhor”.