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CIENTISTAS DA NASA REVELAM O MAIOR DEGELO


31/07/2012



por Texto da Lusa, publicado por Lina Santos – 25 Julho 2012 A imagem divulgada pela NASA Fotografia © Reuters

Cerca de 97% da superfície da camada de gelo que cobre a Groenlândia derreteu este mês, o degelo mais vasto de que há registro nos 30 anos de observações de satélite da ilha, alertou a NASA.

A conclusão dos cientistas baseia-se em imagens captadas por três satélites diferentes, segundo as quais o degelo foi particularmente rápido entre os dias 08 e 12 de julho.

Entre esses quatro dias, a área derretida passou de 40% do total da superfície da camada de gelo para 97%, o que significa que a quase totalidade da camada sofreu algum derretimento – desde as extremidades finas próximas da costa até ao centro, com mais de três quilômetros de espessura.

Num comunicado divulgado no site da NASA na terça-feira, os cientistas admitem que a diferença entre as imagens do dia 08 e do dia 12 era tão grande que pensaram haver algum erro.

"Era tão extraordinário que no início questionei o resultado: era mesmo real ou devia‑se a um erro dos dados?", diz Son Nghiem, do laboratório de propulsão a jato da NASA em Pasadena.

Os investigadores afirmam que, num verão normal, cerca de metade da superfície da camada de gelo da Groenlândia derrete e, enquanto nos pontos mais elevados a água volta rapidamente a congelar, perto da costa alguma da água é retida pelo gelo e o resto perde-se no oceano.

Mas este ano a extensão do degelo na superfície ou perto dela aumentou dramaticamente, alertam os cientistas, que ainda não determinaram se este descongelamento irá afetar o volume total de perda de gelo e contribuir para a subida do nível do mar.

Este foi o segundo acontecimento invulgar na Groenlândia em poucos dias, depois de um icebergue do tamanho da ilha de Manhattan se ter separado do glaciar de Petermann, mas os cientistas consideram mais grave o degelo.

Lora Koenig, especialista em glaciares no centro Goddard da NASA, diz que degelos rápidos como este acontecem todos os 150 anos, mas avisou que o derretimento deste ano pode ter vastas implicações.

"Se continuarmos a observar eventos como este nos próximos anos, será preocupante", disse.

As consequências mais imediatas poderão ser o aumento do nível do mar e o aquecimento do Ártico. Os cientistas atribuem um quinto do aumento total do nível do mar – que é de três milímetros por ano – ao derretimento da camada de gelo da Groenlândia.

O climatólogo Thomas Mote, da Universidade da Geórgia, admite que este degelo extremo se deva a uma cúpula de calor que cobriu a Groenlândia entre 08 e 16 de julho ou a uma vaga de ar quente particularmente forte.

Fonte: Diário de Notícias



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