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CONFLITOS – DECISÃO – ANÁLISE E DISCERNIMENTO

Alice Magalhães Carrozo
05/02/2009



SITUAÇÕES:
 
1) G.T. é um profissional bem sucedido, prestigiado na sua empresa e com rendimentos financeiros satisfatórios, porém…
Conversando com um amigo, este lhe acena com a possibilidade dele ocupar uma vaga que surgiu na empresa onde trabalha, ganhando bem mais. E já no dia seguinte lhe telefona marcando uma entrevista!
E aí entram os questionamentos…
 
2) J.H. está noivo, já preparando seu apartamento novo para se casarem daqui a uns meses.
Mas, à medida que o tempo passa, ele registra atitudes e comportamentos da noiva que o aborrecem. Por exemplo, ela é acomodada, sem maiores ambições, enquanto ele é inquieto, e ágil, sempre fazendo cursos para reciclar seus conhecimentos. No nível profundo, e é aí que está incomodando mais, ele tem buscas espirituais e frequenta um grupo espiritualista, onde estudam e praticam obras assistenciais. E a noiva não se sensibiliza nem participa ou se interessa por nada do que ele aí realiza.
Ele já deu vários toques a respeito, mas nada acontece. Percebe-se irritado, impaciente, mais frio e distante dela. E se questiona se quer uma esposa assim, que não é companheira, que não tem os mesmos anseios que ele. Por outro lado ela é carinhosa, caseira, doce… Já está pensando em adiar o casamento.
 
3) M.C. está num regime rigoroso, empenhada em perder peso. E aí vai ao aniversário de uma colega, onde os quitutes são de alto nível e super apetitosos! E os amigos lhe dizem que uma vez só não vai alterar tanto assim
Ela sabe que não é isso, mas se debate entre quebrar a dieta e atender seu desejo de comer aquelas coisa gostosas ou manter a dieta e se abster dos pratos apetitosos…
 
Quando enfrentamos situações em que nos debatemos entre duas possibilidades contrárias, incompatíveis mas de igual importância, entramos em área de CONFLITO.
 
Na maioria das vezes, a pessoa tem que optar entre a satisfação de um desejo e a necessidade de manter uma situação que a realidade coloca.
 
Nos casos citados acima e em inúmeras outras situações, o choque básico é do emocional com o racional. O sentimento, o querer, de um lado e a necessidade, a realidade do outro. O problema inicial será conciliar os dois.
 
E para isso, precisamos de:
 
ANÁLISE E DISCERNIMENTO
 
Para uma análise correta da situação e uma decisão acertada, é necessário que a pessoa siga alguns passos:
  • Com respiração, dar uma distância psicológica para poder examinar a situação com a menor carga emocional possível. Lembrar que toda decisão tomada dentro de um clima emocional tem grande probabilidade de se mostrar errada no futuro.
  • Utilizar o tempo que for necessário para analisar cada variável da situação, até mesmo escrevendo num papel dividido em “prós e contras”. É um trabalho bem racional.
  • Utilizar sempre, como referencial, as Leis da Criação, para que sua decisão seja coerente com seus propósitos mais elevados, vencendo a tendência individualista e egoísta da atualidade.
  • A análise deve ocorrer paralela ao discernimento do “certo e errado”, para a pessoa manter o respeito a si mesma e ao outro na busca da melhor decisão. Sim, pois aí entra deveres morais, responsabilidades, etc.
  • Só depois de uma análise e discernimento de toda a situação a pessoa está em condições de tomar uma decisão. 
A decisão deve ser compatível com o íntimo da pessoa. A pessoa deve sentir-se em harmonia consigo mesma, com o outro e com o ambiente.
 
O tempo que for necessário para se chegar a uma Resposta, a uma Conclusão, não importa. Muitas vezes somos tentados a não mais nos ocuparmos com o problema, achando que a solução virá por si mesma. Isso não vai acontecer. Nada é mágico. Deixar-se levar pela correnteza é perigoso. Continuar vivendo uma situação conflitante só acarreta prejuízos, traz desgaste em todos os sentidos: psicológico, emocional, cansaço mental e sem dúvida, psicossomatização, ou seja, doenças que começam a eclodir, de início leves e depois mais graves.
 
Além das consequências citadas acima, toda situação mal resolvida ou não resolvida, produz confusão numa matéria mais fina que nos envolve, situação esta que nos mantém estagnados, sem a possibilidade de desenvolvimento e evolução, como ser humano que somos. E aí as consequências são: aflição íntima, ansiedade e angústias, podendo gerar síndromes de pânico, fobias e outras psicopatias.
 
Fácil? Claro que não é, mas como a proposta é acertar, vale a pena o esforço. Afinal, o que conseguimos sem esforço? E ainda verificamos que quase sempre não valorizamos o que conseguimos sem trabalho, sem nos empenharmos…
 
Vamos à luta!



Alice Carrozo é psicóloga.
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