A não ser a instigante hipótese reencarnacionista, pela qual o espírito concorda em voltar ao mundo para passar por novas experiências e novos desafios, nas demais religiões ou no ateísmo se reconhece que não fomos consultados se queríamos nascer ou não. Nascemos e nas condições que se apresentam, devendo enfrentar a situação de filho de beltrano e de sicrana, rico ou pobre, brasileiro, suíço ou angolano. Viver é uma aventura que de plano enfrenta o barulho depois do confortável silêncio do útero materno. Inicia-se o percurso e cabe a cada qual afirmar sua individualidade.
A existência perde consistência. Muitos são os espíritos empreendedores, porém, infelizmente, repetem-se hoje jovens para os quais a conquista árdua, a afirmação profissional, deixa de ser importante para que eventuais fracassos não sejam sofridos, mas disfarçados, driblados pelo compartilhamento elogioso de momentos irrelevantes ou pelo consumismo desenfreado, que substitui o ser pelo possuir. (Miguel Reale Jr.) disponível em:
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-vida-em-branco-,1017643,0.htm
OBS.: Não é que o espírito concorda em voltar. Segundo Abdruschin, ele tem de, ele precisa voltar para alcançar a conscientização e o seu desenvolvimento, sem perda do tempo, e volta nas condições que forjou para si mesmo.